Cordeona, velho instrumento,
Que, gemendo, acompanha os lamentos
Da alma do peão gaúcho,
Que, em seu destino sem luxo,
À cavalo ganha a vida,
De sol a sol, sempre na lida,
No serviço da campanha...
E aos domingos, quando sobra tempo prá um gole de canha,
O índio até que se assanha...
E dedilhando a botoneira,
Numa melodia bem rancheira,
Em cada fole que expande
Demonstra seu amor pelo Rio Grande,
Que vem do fundo de sua alma galponeira
E vai atravessando aramados, divisas e fronteiras...
Se espalhando na velocidade de um bagual
Que, caborteiro, dispara do buçal,
Galopando por entre as coxilhas
Na imensidão da pampa dos farroupilhas...
E que só vai se perder
No dia em que o último coração gaudério parar de bater...
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Meu primo amado. Cada dia que passa, você se aprimora mais...
ResponderExcluirEu não tenho palavras para descrever
o que senti ao ler esse poema bagual,
de tão lindo que é.
Você tem muita sensibilidade para escrever e o faz com amor.
Beijos