
No meio do peito um leguero bate,
Em uma cadência prá lá de aporreada,
E lá do galpão um cusco já late,
O gaudério, solito, reponta a boiada,
O gado tá gordo, é hora do abate,
A carreta já veio e tá encostada
O caminhoneiro nem fica pro mate,
Já sai de vereda, pega o rumo da estrada...
E já se foi o frete de boi
E já se foi o frete de boi...
O campeiro atiça o fogo de chão,
O serviço do dia já foi terminado,
Água na cambona pra um chimarrão
Enquanto descansa o crioulo tostado,
É lida, é vida, é gaúcho, é peão,
De espora, bombacha e chapéu tapeado,
Quem traz a pampa em seu coração,
Assim como o boi tem o destino traçado...
E nunca mais olha prá trás
E nunca mais olha prá trás...
Olha,
ResponderExcluirsuas poesias são excelentes, tem um certo ritmo e até pode ser cantada.
Muito boa, e típica da terra gaúcha.