
O patrão vendeu a estância,
A terra onde eu me criei
Onde passei minha infância
E até ontem trabalhei...
Senti o golpe da adaga
Enterrada no meu peito,
Nunca eu tinha imaginado
Ficar sem rumo desse jeito...
Não chorei só por uma razão:
Porque o homem não chora.
Encilhei meu redomão
E a trote fui-me embora...
Sigo à cavalo pela pampa,
Um centauro desgarrado,
Marcas do tempo na estampa
De um futuro encerrado...
Um peão sem sua querência,
Um homem sem ideal,
Que triste maledicência,
Que destino prum bagual...
Aqui no nosso amado sul
ResponderExcluirUm homem sem sua terra
sem sua rotina campeira
é meio homem - um pedaço de ser a vagar
pelo imenso pampa do nada
Abraço André !