segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Disformes




Aprendendo se identifica a ignorância,
Conhecendo a paciência se entende a ânsia,
O azar oferece a definição da sorte,
Vivendo é que se encara a morte,
Através das formas nota-se o disforme,
O sonho é uma aventura de quem dorme,
É o normal quem aponta o imoral,
E assim segue a existência... Teatral!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Minuano





Vento frio, vento cortante,
Vai renguiando cusco,
Vai gelando o meu semblante...
É o minuano assoviando
Rio Grande a fora,
É um potro marchando
Ou um amor que vai embora...

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

20 de setembro




Vinte de setembro,
Semana Farroupilha,
Data máxima do gaúcho,
Que à cavalo corta campos e coxilhas...

Onde os sulinos
Enchem o peito de orgulho libertador,
De um vermelho sangue,
Derramado contra as tropas do Imperador...

E, na centelha da crioula chama,
Difundida pela cavalgada
Se mantém acesa
A alma da gauchada...

Um povo de valor
Que cultua a tradição,
Que não teme a dor
E sempre luta pelo seu chão...

Que o farol da liberdade
Ilumine o interior de cada um...
E nos campos e nas cidades
Se lute sempre pelo bem comum.

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um gaúcho de verdade


No vídeo acima um ensaio de melodia para a letra transcrita abaixo...


Vindo do cerne da terra,
Criado na pampa crua,
Se fez homem na guerra,
Paesano, gaúcho, charrua...

Nas veias o sangue farrapo,
De um vermelho libertador,
Num semblante de índio guapo,
Um centauro pelejador...

Calçado em garrão de potro,
Boleadeiras de couro cru
Lenço atado no pescoço
Também conhecido xirú...

Num rosilho bragado
Chamado de liberdade,
Marcha dentro de cada um
Um gaúcho de verdade...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Natchê Geo: Bugios do Jaguari



Bugios nas matas do Rio Jaguari, em Jaguari-RS.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Receita para criar um marginal (Roger S. Brutti)


Para variar um pouco, publico abaixo texto de meu eminente e juriscolsulto colega Roger Spode Brutti. Interessante, atual e real...


Receita para criar um marginal

Da criminologia exsurgem inúmeras nuances que se dissipam e promovem múltiplos resulados. É impossível estudá-la e compreendê-la com fulcro exclusivo nos adjetivos jurídicos. Gêneses empíricas e remotas, oriundas das experiências juvenis, explodem em casuísticas que aguçam nossa curiosidade e nos deixam perplexos quanto aos seus possíveis porquês. Pensando nessas matizes, elaborei, com sotaque coloquial, a presente receita.
Tenho a convicção íntima de que, se a fórmula infra fosse evitada o quanto possível, sensivelmente nossos jovens ver-se-iam mais afastados das sedutoras sendas da criminalidade.
Adepto do raciocínio de Rousseau, acredito que o estudante das ciências criminológicas deve ater-se à incessante busca da causa da criminalidade no meio social. Dessa arte, oportuna a presente prescrição que almejo não ser adotada por qualquer dos diletos leitores.
Preliminarmente, friso que este receituário é fruto de observações ao longo de minha vida funcional como policial civil. Utilizei-me de constantes conversações com jovens infratores e de inúmeras audiências com seus pais. Tratam-se de sete vícios capitais. É tudo muito simples. Basta você seguir, atentamente, os seguintes passos:
1) Nunca ouse discutir com seu filho acerca dos perigos envoltos nas drogas ilícitas, porquanto há incontáveis traficantes e jovens desregrados sedentos por instruí-lo a respeito; 2) Nunca seja imparcial ao ouvir alguma reclamação sobre o comportamento dele. Seja parcial e parta do princípio de que ele está sempre certo e de que os outros estão sempre errados; 3) Se o seu filho for ríspido em casa, não lhe obedecer e proferir-lhe injúrias verbais, não faça nada. Demonstre que ele está acima dos outros e que ninguém é digno do seu respeito; 4) Se ele preferir o ócio ao estudo ou à colaboração com as atividades domésticas, deixe estar. Ele acreditará que o mundo tem a obrigação de sustentá-lo gratuitamente e que, se no futuro o mundo decepcioná-lo, ele estará livre para buscar meios mais fáceis, embora ilícitos, de alcançar o que deseja; 5) Quando você for discutir deteminada diferença com seu cônjuge, faça-o de forma agressiva, desrespeitosa e, preferentemente, na frente do seu filho. Ele também passará a adotar esse modelo de comportamento dentro e fora de casa; 6) Se você sofreu uma separação conjugal, produza toda sorte de consequências contraproducentes a partir dessa vicissitude social, utilizando o seu filho como um instrumento bélico contra o seu ex-cônjuge. Faça intrigas e satisfaça todas aquelas vontades caprichosas que o seu filho sempre teve e que normalmente não seriam satisfeitas durante a constância do laço matrimonial. Desta forma, você obterá a preferência dele e propiciar-lhe-á uma perspicácia excepcional, na medida em que ele entenderá como se aproveitar com desvalia das situações e das outras pessoas; 7) Não se preocupe se o seu filho está saindo com amigos de má fama. Assim, se um dia ele for flagrado em pleno ato infracional, de tal forma que não lhe seja possível auxiliá-lo na tese da negativa de autoria, possa você justificar-se aos policiais dizendo que a causa determinante de tudo foi a influência das más companhias.
Muito bem. Cumpridas as orientações supraditas, não se preocupe mais com o comportamento do seu filho. A partir de agora, a Polícia passará a ter o dever legal de fazer isso por você.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sem rumo...

(foto da cidade de Jaguari-RS, em 1940)


Perdi o rumo,
Fora de prumo,
Onde está meu esquadro?
Onde me enquadro?

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