sábado, 22 de maio de 2010

Índia Charrua




No lombo de seu cavalo
Galopa uma índia charrua
Cortando pagos imaginários
Em suas vestes xiruas...
Suas esporas são estrelas
Reluzindo à luz da lua,
Empunhando sua lança
Ponta de pedra em madeira crua,
Mirando para meu peito
Me atingindo em plena rua...
Morri pela mão dela,
Ah, aquela índia charrua,
Que habita em meus sonhos,
Formosa guerreira nua...


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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Até o gaúcho morre





Se hoje o meu cavalo é manso,
E o meu pala é rasgado,
Se preciso mais de descanso,
É o tempo que tem me judiado...

Até o campeiro envelhece,
E fica mais no galpão,
Se remoendo em recuerdos
Enquanto ceva o chimarrão...

Se a adaga está enferrujada,
E não uso mais as chilenas,
Se às vezes erro as armadas,
É a vida ficando pequena...

Se minhas melenas pratearam,
E minha voz já fraqueja,
Está chegando à hora
De me juntar às carquejas...



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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Rio Grande




Rio Grande

Rio Grande do Sul
Um misto de terra e gente,
Unidos como um só,
Um rio de águas correntes...

Berço simples do gaúcho,
Que traz a pampa nas veias,
Defendendo os ideais
E sem fugir das peleias...

Eu sou gaúcho e me orgulho
E me basta ser assim
Prá carregar o Rio Grande
Guardado dentro de mim! (refrão)


A pampa meridional,
Tem por governo o respeito,
Que todo o cuéra bagual
Carrega dentro do peito...


Pátria de índios gaúchos,
Dos guerreiros da igualdade,
Ideais que não se dobram,
Lanceiros da liberdade...

Eu sou gaúcho e me orgulho
E me basta ser assim
Prá carregar o Rio Grande
Guardado dentro de mim! (refrão)

Estes versos possuem esboço de melodia, disponível para audição em meu perfil na rede www.poetasgauchos.ning.com

segunda-feira, 10 de maio de 2010





Final de tarde,
Quando o sol ainda é brasa
Que lenta se apaga
Na sanga de águas rasas,
Brotam matizes,
Das mais variadas cores,
Tão linda pintura
Da pampa de meus amores.
Na hora do amargo,
Que cevo bem de mansinho,
Nos ouvidos o encanto
Da orquestra de passarinhos.
Entardecer na campanha,
Um verdadeiro retrato,
Que tentei descrever
Em versos neste relato...


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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mãe




Segue o poema Mãe, que escrevi em memória de minha mãe e já publiquei anteriormente. Porém, já que estamos no mês das mães, serve como homenagem, senão a ela, a todas as mães que porventura lerem este texto. Os versos abaixo estão sendo musicados e integrarão um cd que estou produzindo com algumas poesias de minha autoria em parceria com alguns músicos amigos meus.



Como um raio de sol que invade a janela
Ou como a lua cheia, tão brilhante, tão bela
É assim que hoje te vejo, pois quis o destino nos separar
Não adiantou a revolta, não mais consegui te encontrar

Sei que o mundo é assim, e sem motivo ou razão
Pessoas amadas simplesmente se vão
Dizem estar em um lugar melhor
Mas pra quem fica é duro aceitar
Porque você minha mãe com deus foi morar

Naquele tempo eu não entendi
E até hoje não vejo motivos
Porque você teve que partir
Se sempre te quis junto comigo

Sei que continuas viva em minha memória
Mas a saudade não vai se apagar
Sei que nada posso fazer
Mas ainda não consigo aceitar

Das poucas coisas que aprendi
Uma foi sentir muita dor
Por não mais ter você aqui
Com seu carinho e seu amor

Mas tenho muita esperança
De que quando terminar a jornada
Possamos sentar nós dois juntos
Fazendo a noite mais estrelada...