quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A espera e a urgência da vida




A espera, inimiga da ansiedade, requer paciência,
quando o que mais quero é urgência...
A vida, inimiga do tempo, passa com extrema brevidade,
quando o que mais quero é eternidade...
Dois conceitos antagônicos me deixando atônito.
Enquanto pacientemente busco as palavras para escrever, o relógio de areia da minha vida não para de correr...
O que fazer?

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Anônimo entre a multidão




Um louco solitário,
Vestido de frangalhos,
Olhos enternecidos,
Um pobre esquecido,
Que sequer lembra a idade,
Apenas a geografia de seu rosto
Denuncia que saiu da mocidade,
Conversa sozinho pelas avenidas,
Conta para si mesmo passagens quase esquecidas,
E sorri, um sorriso espaçado, um sorriso desdentado,
Sem noção de sua desgraça vai rindo e achando graça,
Cavalgando em seus sonhos, de um imaginário cor de rosa,
Feliz sem razão, sem noção...
É só um anônimo entre a multidão!

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Premio literário Valdeck Almeida de Jesus - 2009




Ano passado tive a felicidade de tirar terceiro lugar no prêmio literário Valdeck Almeida de Jesus - poesia. Este ano estou classificado, porém, ainda não sei em que posição, mas estarei no livro de novo! Lista dos classificados no link abaixo: http://www.galinhapulando.com/visualizar.php?idt=1972483

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Despedida



Lágrimas nos olhos,
Triste é a despedida
De quem viveu a vida
Rodeado de amor...

Só parte sem dor,
Quem viveu alheio
E sempre teve receio
De sentir saudades.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Uma pergunta...





“Senhor político, sei que não posso exigir que te assemelhes a Cristo mas poderias, pelo menos, não te pareceres tanto com Judas?”

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Prêmio Literário cidade de Porto Seguro - 2009




Fui classificado entre os 100 melhores, no prêmio cidade de Porto Seguro, o resultado final sai em janeiro-10, com o seguinte texto:


O CORRUPTÔMETRO...




Lamento, profundamente, não ser um bom conhecedor de química, física e biomédica pois, se o fosse, dirigiria minhas pesquisas para um invento dos mais úteis à população brasileira: – o CORRUPTÔMETRO!
Um aparelho que teria os moldes do etilômetro, vulgarmente conhecido como “bafômetro”, para que os candidatos, antes das eleições, fossem obrigados a soprar no canudinho, o qual apontaria a existência de falcatruas e safadezas de todo o gênero em suas vidas pregressas e indicaria as suas eventuais fraquezas de caráter. O que quer que fosse detectado seria encaminhado ao Juiz Eleitoral que cassaria a candidatura do sujeito.
Também inventaria uma variante, nos moldes dos radares eletrônicos, que seriam instalados nos corredores de Brasília e que sinalizariam qualquer “avanço” indevido no dinheiro público e aplicariam uma multa com o dobro do valor da “velocidade” marcada e como pena assessória ainda reteriam, instantaneamente, a carteira para “dirigir” gabinetes palacianos, transferindo o autuado para um novo e bem arejado cubículo, com direito a uma hora de banho de sol diário e escolta ininterrupta por uns dez anos, pelo menos.
Mas, como sou incapaz de fazer isso tudo espero, sinceramente, que algum dia a maioria dos votantes deste país passe a ler jornal, ao invés de utilizá-lo somente para fins higiênicos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Velório de campanha





Para alguns uma cena estranha,
Algo um tanto inusitado,
Um velório de campanha,
E, é claro com um morto ali, sendo velado...

Para os viventes servem canha,
Um churrasco vai sendo assado,
Sem pressa, bem na manha,
A gauchada vai beliscando em memória do finado...

O gaiteiro vai dedilhando a botoneira,
Numa melodia bem chorada,
Uns no canto vão falando besteira,
Enchendo a cara e dando risada...

As beatas agarradas no caixão
Vão pedindo graças e aleluia
Outros numa roda de chimarrão
Contando causos e passando a cuia...

O padre deixou escapar um surdinho
Enquanto cochilava sentado,
Uns culparam o vizinho,
Outros acharam que o defunto já estava estragado...

E então, já altas horas da madrugada
A mulher inconsolável ainda chorava,
Um gambá de bombacha rasgada
Se aprochega e pede a palavra:

- Finado Dionísio, nosso grande amigo “Didi”,
Vai pro céu bem tranqüilo...
Que da viúva eu cuido pra ti!

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Andarilho





Um andarilho, um solitário das estradas,
Aventureiro, vagabundo ou desregrado?
Dono do mundo sem possuir nada,
Vai cortando a passo as paisagens,
Provando que o futuro é uma linha a ser traçada,
Não segue convenções, vive de divagações,
Um louco (?) de alma lavada,
Uma locomotiva sem vagões,
Um amante das madrugadas...
Marcas do sol e do tempo,
Estampas na pele judiada,
De quem vive somente o presente
E se importa tão só com a jornada...
Um sorriso sem dentes, um sorriso contente,
Um sorriso de gente que vai andando lentamente,
Sem pressa de chegar...

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Assim nasceram as maçanilhas





Num recôndito, bem próximo do infinito,
Logo depois da penúltima coxilha,
Um cuéra tombou lá, solito,
E sobre seu corpo brotou a primeira maçanilha...

E a maçanilha floresceu soltando seu aroma no vento,
Logo uma abelha mirim pousou
E, Como se fosse um mandado a servir de alento,
Espalhou o pólen pela pampa quando voou...

E desde então as maçanilhas florescem
Após as chuvas de verão,
Como se fossem as memórias do gaúcho
Ainda vivas, rebrotando do chão...


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sábado, 21 de novembro de 2009

Construtor de destinos




As pedras no caminho
Representam dificuldades,
Quem está sozinho
Sofre com as saudades...

É preciso o enfrentamento:
Das pedras faça o alicerce,
A solidão tape com cimento,
Seja o construtor de seu destino...


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terça-feira, 17 de novembro de 2009

A arte de rimar palavras




Palavras rimadas,
Cores do pecado,
Como flores desabrochadas,
Buscando um significado,
Frases combinadas,
Mandando um recado
Ou simplesmente dizendo nada...

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Meus votos de fim de ano

(lajeado em Siveira Martins-RS)

Muito mais emoção,
Bem menos ressentimentos,
Nada de solidão,
Tudo em contentamento...

Muito mais coração,
Bem menos sofrimentos,
Nada de destruição,
Tudo em merecimento...

Muito mais educação,
Bem menos desentendimentos,
Nada de desilusão,
Tudo em sentimento...

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que será?

(em Valdebuia)


Às vezes passo horas em estado contemplativo,
Admirando, apenas. O vento balançando as folhas,
Um inseto, uma ave que voa, um sorriso de qualquer pessoa,
Não sei até que ponto isso é sério, se é um mistério
Ou se, simplesmente, estou ficando velho...

Me interessam as flores, seus odores, meus amores!
Admiro a natureza com tanta clareza que chega a ser certeza,
Tenho fé na mocidade, na honestidade e na simplicidade,
Não uso as vestes da vaidade!
É assim que me sinto, será isso a felicidade?


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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um oceano em você



O verde dos teus olhos
Esmeraldas cristalinas,
Translúcidas, cor do mar
Refletida nas retinas...

Mirando fundo
Chego a me perder,
Nessas paisagens,
Nesse oceano que há dentro de você...


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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Louco

(Rio Grande-RS)


Nos olhos um brilho peculiar,
Mirando para o infinito ou para qualquer outro lugar,
Na boca falante um sorriso distante,
Sempre presente ou ausente, quem sabe?
Uma inocência nunca notada,
Invisível em suas vestes desbotadas,
Nas praças, nos bancos, em calçadas...
Alegria incompreendida, simpatia encarando a vida,
Um milagre talvez? – Apenas um louco,
Um maluco e sua insensatez...

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Circo Brasil




Uma paródia de País
Com eleitores caricatos
Onde políticos astutos,
Fazem o que querem dos palhaços...

Este é o circo Brasil,
O palhaço sou eu,
Os palhaços são mil...
E aqui no circo Brasil
Os artistas pagam para trabalhar,
Para uma platéia de safos eleitos poder gargalhar...

E nunca se riu tanto...


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domingo, 1 de novembro de 2009

Finados

(Jaguari-RS)


Falecidos, passados,
Esquecidos, finados,
Poeira do tempo que o vento levou,
Sentimentos, alentos,
Uma vida, uma história,
Chama de um fogo que já se apagou,
O final de um início,
Um tombo, um tropeço,
Ou quem sabe até um novo começo,
Um feriado cristão,
Uma vida em vão,
Momentos que vem e por certo se vão,
Uma simples lembrança,
Um fio de esperança,
Na crença de quem ainda está aqui,
E assim vivemos,
Lembramos, sofremos,
Até nosso momento de também partir...

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sábado, 31 de outubro de 2009

Vou morar nas grotas



Vou construir o meu rancho (refrão)
Onde o diabo perdeu as botas,
Donde faz ninho o carancho,
Bem lá no fundão das grotas...

A minha grossura não permite
Conviver na sociedade,
Pois eu não posso agüentar
Esses modos da cidade...

O trânsito é uma esculhambação
Na sinaleira tem pivete,
Tem motorista borrachão
E motoqueiro que se mete...

As moradas são uns cercados
É o medo de ladrão
Parecem gado confinado
Esperando o caminhão...

Os vizinhos são estranhos,
Nem bom dia nem boa tarde,
Parecem de outro rebanho,
Vou-me embora sem alarde...

Não posso estar satisfeito,
Esse mundo ta virado
Até o diabo do respeito
Também foi posto de lado...

Vou-me agora pras bibocas
Ligeiro como um raio
Levo só minha chinoca
E de lá nunca mais saio...


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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inocente é o sol



Inocente é o sol
Que nasce todos os dias,
Orquestrado pelo rouxinol,
Aquecendo nossas alegrias...

Límpida é a garoa
Que lava e traz a vida,
Com suas gotas suaves ecoa
Melodias para essa gente sofrida...

Brilhante é a lua
Que ilumina as madrugadas,
Prateando a pele nua,
Uma fada enfeitiçada...

Irrequieto é o vento
Que desgrenha os penteados,
Um carteiro de sentimentos
Assoviando meus recados...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CONVITE

Te convido a ingressar na rede Poetas Gaúchos - A Pampa em verso, o endereço é www.poetasgauchos.ning.com
É possível colocar fotografias, músicas, textos vídeos (respeitando os direitos de autor, é claro), enfim, uma grande variedade de coisas, além de compartilhar cultura e fazer amigos. Te vejo lá Tchê!

domingo, 18 de outubro de 2009

Nostalgia

(cine teatro Ideal - Jaguari-RS)


Se nostalgia é saudade,
Se é simpatia,
Se são lembranças do passado,
Que rememoradas trazem alegria,
Sou um nostálgico inveterado
E não, não quero ser curado, jamais!

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Teias de aranha

(jaguari)

Ainda na cama me espreguiço,
Sem querer presto atenção no teto...
E o teto está repleto de armadilhas para insetos,
São teias de aranhas
Que estão ali esquecidas,
Como tantas lembranças de façanhas,
Pedindo para serem varridas...
Penso em pegar a vassoura, mas logo ponho a idéia de lado...
Não sei se é preguiça ou se é apenas dificuldade de me livrar do passado,
Então olho no relógio, para variar estou atrasado...
Já sei: Viro de lado!
Volto a dormir, chega de viajar acordado.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para meu filho

(São Martinho da Serra)






Respeite os mais velhos,
Seja honesto e trabalhador,
Lute por seus ideais
E tenha o peito cheio de amor...

Afaste-se dos maus,
Saiba que até a mais bela flor tem espinhos,
Preserve a humildade
E não se desvie do caminho...

Como em toda a viagem
Encontrará contratempos,
Enfrente o obstáculo
E conserve os ensinamentos...

Tenha amigos,
Podem ser poucos, mas que sejam de verdade,
Seja leal com eles
E terá sinceridade...

Lembre que se plantar trigo
É trigo que vai colher,
Assim é e assim será,
Até o momento de morrer...

Aprende antes a ouvir,
Todos tem suas verdades,
Pese com seus valores
E identificará a falsidade...

Faz assim meu filho
Vai de cabeça erguida,
Traçando tua própria estrada,
Fazendo a vida valer à pena de ser vivida...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Real, nem sempre imediato...

(foto antiga da cidade de Jaguari-RS)



Encara a sorte,
Sem medo,
Pois quem ganha é sempre a morte,
Mais tarde ou mais cedo...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Depressão




Quem perdeu a criança
E só enxerga a crua realidade,
Perdeu também a esperança...
Essa é uma triste verdade!

Quem perdeu a ilusão
E não consegue mais sonhar,
Perdeu também a razão...
Tornou-se incapaz de mudar!

Quem perdeu a alegria
E não sente os aromas do ar,
Perdeu também a poesia...
Não tem brilho o seu olhar!

Quem perdeu o amor
E se esqueceu da saudade,
Perdeu também seu valor...
Morreu, não importa a idade!


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sábado, 3 de outubro de 2009

Um casal na loja de sapatos


Um casal na loja de sapatos...

- Prá que você vai comprar mais um par de sapatos?
- Ué, você não coleciona cervejas? Eu gosto de sapatos...
- Correção, eu TOMO CERVEJAS, não as coleciono... a propósito, quanto custam esses sapatos?
- Ta na promoção...
- Ah, sim... Mas quanto custam?
- Já falei, ta com desconto de 70%...
- Ta bom, mas quanto?
- Ai... Ta uma pechincha... Só R$ 400,00...
- Bom então com o desconto de 70% deve custar R$ 120,00, o que equivalem a 100 cervejas, um fim de semana inteiro de hidratação saudável...
- Não, R$ 400, já com o desconto...
- Meu Deus, então quanto custava esse sapato? Você é louca? Com esse valor eu paguei as cervejas e a massagista na sauna semana passada...
- O que?
- Nada não, realmente, ta muito barato, compra amor...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um conto de terror... ou horror... para variar um pouco




A esquartejadora


Maria, mulher comum, mãe de cinco filhos, grávida do sexto, deixou seu lar simples, um rancho típico de interior, com margaridas plantadas à frente, uma horta ao lado e algumas galinhas que ciscavam no terreno, para ir até o hospital da cidade, pois sentia que estava chegando a hora de dar a luz. Roberval, o marido, teve que ficar no rancho cuidando da prole e dos afazeres rurais na pequena lavoura de fumo que era o sustento da família, já estava na época de colher o tabaco e secar na estufa. Maria, após algumas horas de espera, foi atendida e internada e, na mesma tarde ganhou uma menina, bela e saudável. No dia seguinte, como estava internada em um quarto público de um hospital público, resolveu passear com a filha no corredor da casa de saúde, eis que as outras mães estavam com visitas e ela estava sozinha. Enquanto andava lentamente, só pensava na alta hospitalar e na chegada de Roberval, nem percebendo que estava sendo observada. Em seguida, uma mulher simpática se aproxima e puxa conversa, apresentando-se como enfermeira e colocando-se à disposição. Cleusa era seu nome, uma morena alta, de fala suave e gestos gentis que não esconde o encantamento pela criança de Maria. Conta que tem dois meninos e sempre sonhou em ter uma menina, porém, como havia ligado as trompas, não poderia realizar tal sonho. Maria sente-se feliz naquele instante, pois tem alguém com quem conversar e não se sente tão só. No dia seguinte, pela parte da manhã Maria recebe a alta, recolhe seus poucos pertences, e sai do hospital, sentando-se em um banco em frente ao mesmo a espera de Roberval. Como Roberval não sabia que Maria já tinha ganho seu bebe e não possuía telefone em casa, planejava ir à cidade no dia seguinte, pois estava envolvido com o trabalho e com os filhos. Enquanto isso, Maria aguardava pacientemente até que, por volta das 11h30min, Cleusa a vê e se aproxima... Maria inocentemente diz que está esperando o esposo, que mora no interior. A nova amiga então, com cara de compadecida, diz que mora próximo do hospital e pergunta se Maria não deseja ir até sua casa. Percebendo a hesitação completa dizendo: - Não se preocupe eu aviso a enfermeira chefe e ela informará seu marido que você está em minha casa. Maria então concordou, afinal, não sabia quanto tempo teria que esperar por Roberval. Cleusa foi até a recepção do hospital, sendo observada de longe por Maria e, quando retornou disse: - Tudo resolvido, a recepcionista vai informar seu marido que você está em minha casa. Ambas, então, tomaram o ônibus e desembarcaram umas cinco paradas adiante, andaram de dois a três quarteirões e chegaram a uma casa mista, de dois quartos, em um bairro operário. Cleusa disse que Maria ficasse à vontade, ligou a televisão e preparou um almoço. Na metade da tarde, Maria um pouco cansada pediu para descansar, deitando-se no sofá e cochilando por alguns instantes. Acordou quando percebeu que alguém chegava na casa, logo imaginou que seria Roberval... Carlinhos querido, disse Cleusa, temos visita e apresentou Maria a um rapaz bem mais jovem e de estatura atlética, porém com um jeito um tanto inibido. Logo em seguida Cleusa e Carlinhos pediram licença e entraram em um dos quartos da casa, onde permaneceram por pouco mais de meia hora. Em seguida Cleusa saiu, trazendo um termômetro e dizendo que verificaria a temperatura de Maria, afinal era enfermeira, e Maria recém havia saído do hospital. Enquanto Maria amamentava sua recém nascida Cleusa colocou-lhe o termômetro, examinando-o à seguir... Maria, você está com um pouco de febre, disse ela, vou te aplicar um analgésico injetável. Cleusa preparou uma super dose do medicamento conhecido como plasil, que deixou Maria sonolenta. Maria, recostou-se novamente no sofá e pouco depois percebeu que Carlinhos e Cleusa lhe carregavam, achou que estava sendo levada para uma cama onde dormiria... Mas Carlinhos e Cleusa tinham outra coisa em mente e levaram Maria a um galpão que existia nos fundos da casa. Dentro deste galpão havia um poço com pouca água. Abriram uma tampa de madeira e jogaram Maria lá dentro... Na escuridão, com água até quase o pescoço e semi-consciente Maria tentou gritar, mas não teve forças... Mesmo que conseguisse seu apelo não seria ouvido, pois o poço fora tampado. Maria afogou-se algumas horas depois... Cleusa já sentia-se mãe da recém nascida e imaginou que não seria descoberta. No dia seguinte Roberval foi ao hospital procurar a esposa só lhe informaram que ela havia dado alta no dia anterior, desesperado ele procura a polícia narrando o acontecido. Passam-se dois dias e nenhuma pista de Maria e sua filha. Nesse meio tempo, Cleusa percebe que, do poço onde ela e Carlinhos jogaram Maria, começa a se espalhar um odor de putrefação que poderia denunciá-los. Cleusa então diz a Carlinhos que precisam se livrar do corpo, içam o cadáver da pobre Maria utilizando-se de um gancho metálico em forma de anzol, atado em um cabo de aço e levam o corpo para um banheiro anexo ao galpão. No banheiro, Carlinhos liga o chuveiro e sadicamente começa a cortar a pobre vítima em pedaços, primeiro as mãos, antebraços, cabeça, tórax, vísceras, coxas... enfim, reduz o corpo em vários pedaços e os coloca em diversas sacolas de supermercado, que são levadas e espalhadas ao longo de barrancos numa rodovia. Por mais dois dias Carlinhos e Cleusa ficaram com a recém nascida, como se brincassem de papai e mamãe, até serem descobertos pelos policiais incansáveis que, seguindo pistas esparsas, foram montando o quebra cabeças. Os motivos? Cleusa era, realmente, a maldade encarnada em pele de cordeiro, sentia prazer em dominar pessoas, um prazer tão intenso quanto um orgasmo múltiplo... E Carlinhos? Carlinhos obedecia friamente às ordens de sua amada e tinha a habilidade de um experiente açougueiro com uma faca... Ambos foram presos, mas dizem que Cleusa sorri, sinistramente, quando alguma nova companheira de cela lhe pergunta porque está ali e responde com outra pergunta: - Você, por acaso, tem uma filha?



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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Disformes




Aprendendo se identifica a ignorância,
Conhecendo a paciência se entende a ânsia,
O azar oferece a definição da sorte,
Vivendo é que se encara a morte,
Através das formas nota-se o disforme,
O sonho é uma aventura de quem dorme,
É o normal quem aponta o imoral,
E assim segue a existência... Teatral!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Minuano





Vento frio, vento cortante,
Vai renguiando cusco,
Vai gelando o meu semblante...
É o minuano assoviando
Rio Grande a fora,
É um potro marchando
Ou um amor que vai embora...

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

20 de setembro




Vinte de setembro,
Semana Farroupilha,
Data máxima do gaúcho,
Que à cavalo corta campos e coxilhas...

Onde os sulinos
Enchem o peito de orgulho libertador,
De um vermelho sangue,
Derramado contra as tropas do Imperador...

E, na centelha da crioula chama,
Difundida pela cavalgada
Se mantém acesa
A alma da gauchada...

Um povo de valor
Que cultua a tradição,
Que não teme a dor
E sempre luta pelo seu chão...

Que o farol da liberdade
Ilumine o interior de cada um...
E nos campos e nas cidades
Se lute sempre pelo bem comum.

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um gaúcho de verdade


No vídeo acima um ensaio de melodia para a letra transcrita abaixo...


Vindo do cerne da terra,
Criado na pampa crua,
Se fez homem na guerra,
Paesano, gaúcho, charrua...

Nas veias o sangue farrapo,
De um vermelho libertador,
Num semblante de índio guapo,
Um centauro pelejador...

Calçado em garrão de potro,
Boleadeiras de couro cru
Lenço atado no pescoço
Também conhecido xirú...

Num rosilho bragado
Chamado de liberdade,
Marcha dentro de cada um
Um gaúcho de verdade...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Natchê Geo: Bugios do Jaguari



Bugios nas matas do Rio Jaguari, em Jaguari-RS.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Receita para criar um marginal (Roger S. Brutti)


Para variar um pouco, publico abaixo texto de meu eminente e juriscolsulto colega Roger Spode Brutti. Interessante, atual e real...


Receita para criar um marginal

Da criminologia exsurgem inúmeras nuances que se dissipam e promovem múltiplos resulados. É impossível estudá-la e compreendê-la com fulcro exclusivo nos adjetivos jurídicos. Gêneses empíricas e remotas, oriundas das experiências juvenis, explodem em casuísticas que aguçam nossa curiosidade e nos deixam perplexos quanto aos seus possíveis porquês. Pensando nessas matizes, elaborei, com sotaque coloquial, a presente receita.
Tenho a convicção íntima de que, se a fórmula infra fosse evitada o quanto possível, sensivelmente nossos jovens ver-se-iam mais afastados das sedutoras sendas da criminalidade.
Adepto do raciocínio de Rousseau, acredito que o estudante das ciências criminológicas deve ater-se à incessante busca da causa da criminalidade no meio social. Dessa arte, oportuna a presente prescrição que almejo não ser adotada por qualquer dos diletos leitores.
Preliminarmente, friso que este receituário é fruto de observações ao longo de minha vida funcional como policial civil. Utilizei-me de constantes conversações com jovens infratores e de inúmeras audiências com seus pais. Tratam-se de sete vícios capitais. É tudo muito simples. Basta você seguir, atentamente, os seguintes passos:
1) Nunca ouse discutir com seu filho acerca dos perigos envoltos nas drogas ilícitas, porquanto há incontáveis traficantes e jovens desregrados sedentos por instruí-lo a respeito; 2) Nunca seja imparcial ao ouvir alguma reclamação sobre o comportamento dele. Seja parcial e parta do princípio de que ele está sempre certo e de que os outros estão sempre errados; 3) Se o seu filho for ríspido em casa, não lhe obedecer e proferir-lhe injúrias verbais, não faça nada. Demonstre que ele está acima dos outros e que ninguém é digno do seu respeito; 4) Se ele preferir o ócio ao estudo ou à colaboração com as atividades domésticas, deixe estar. Ele acreditará que o mundo tem a obrigação de sustentá-lo gratuitamente e que, se no futuro o mundo decepcioná-lo, ele estará livre para buscar meios mais fáceis, embora ilícitos, de alcançar o que deseja; 5) Quando você for discutir deteminada diferença com seu cônjuge, faça-o de forma agressiva, desrespeitosa e, preferentemente, na frente do seu filho. Ele também passará a adotar esse modelo de comportamento dentro e fora de casa; 6) Se você sofreu uma separação conjugal, produza toda sorte de consequências contraproducentes a partir dessa vicissitude social, utilizando o seu filho como um instrumento bélico contra o seu ex-cônjuge. Faça intrigas e satisfaça todas aquelas vontades caprichosas que o seu filho sempre teve e que normalmente não seriam satisfeitas durante a constância do laço matrimonial. Desta forma, você obterá a preferência dele e propiciar-lhe-á uma perspicácia excepcional, na medida em que ele entenderá como se aproveitar com desvalia das situações e das outras pessoas; 7) Não se preocupe se o seu filho está saindo com amigos de má fama. Assim, se um dia ele for flagrado em pleno ato infracional, de tal forma que não lhe seja possível auxiliá-lo na tese da negativa de autoria, possa você justificar-se aos policiais dizendo que a causa determinante de tudo foi a influência das más companhias.
Muito bem. Cumpridas as orientações supraditas, não se preocupe mais com o comportamento do seu filho. A partir de agora, a Polícia passará a ter o dever legal de fazer isso por você.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sem rumo...

(foto da cidade de Jaguari-RS, em 1940)


Perdi o rumo,
Fora de prumo,
Onde está meu esquadro?
Onde me enquadro?

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Matei meu burro


Entre a década de 40 e 50, não sei exatamente, naquele tempo em que gaúcho andava com revólver na cintura, meu avô havia adquirido um smith & wesson, calibre 22, tão pequeno que cabia na palma da mão. Num domingo, de fronte a igreja de Jaguari, havia um razoável número de pessoas e, dentre elas, meu avô com seu “schimitinho” preso à cinta. Lá pelas tantas, um conhecido dele, que atara seu burro em um cinamomo, olha para o meu avô e diz: -Que é isso? Esse revólver é de brinquedo, não mata nem mosca... Deixa eu ver... Pegou o revólver e atirou contra seu próprio quadrúpede, que apenas deu uma tremida no couro, próximo à paleta, como que se espantasse uma mutuca. Então o sujeito vira-se para meu avô e já se vangloriando lasca: - Viu eu te disse, isso ai é “revorvinho de dá tiro em amigo”... não mata! Nisso vovô apenas aponta o dedo em direção ao pobre burro... que está ajoelhando para em seguida dar seu último suspiro. E o sujeito se desespera: - É de verdade? Matei meu burro!


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Metrópoles


auto retrato digital


Metrópoles

Metrópoles, grandes cidades,
Onde mais pessoas se concentram
Em grandes comunidades,
Mais distantes entre si ficam...

Que infeliz verdade,
Quanto mais gente menos convivência,
Quanto maior a sociedade, tão menor a amizade...
Que grande incongruência.

Ah, o espírito do interior,
Das pequenas cidades,
Das amizades de valor,
Da boa vontade, da humanidade e do amor!

sábado, 15 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O CORRUPTÔMETRO




André Sesti Diefenbach


Lamento, profundamente, não ser um bom conhecedor de química, física e biomédica pois, se o fosse, dirigiria minhas pesquisas para um invento dos mais úteis à população brasileira: – o CORRUPTÔMETRO! Teria os moldes do bafômetro, para que os candidatos, antes das eleições, fossem obrigados a soprar no canudinho, que apitaria a existência de falcatruas em suas vidas pregressas e indicaria as fraquezas de caráter dos pré-candidatos, que não teriam sua inscrição homologada pelo TSE. Também inventaria uma variante, nos moldes dos radares eletrônicos, para serem instalados nos corredores de Brasília e que sinalizariam qualquer “avanço” indevido no dinheiro público e aplicariam uma multa com o dobro do valor da “velocidade” marcada e ainda cassariam instantaneamente a carteira para “dirigir” gabinetes palacianos, transferindo o autuado para um novo e bem arejado cubículo, com direito a uma hora de banho de sol diário e escolta ininterrupta por uns dez anos, pelo menos. Mas, como sou incapaz de fazer isso tudo espero, sinceramente, que algum dia a maioria dos votantes deste país passe a ler jornal, ao invés de utilizá-lo somente para fins higiênicos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vento norte


(foto da praia de Torres-RS)


Vento norte,
Vento quente,
Soprando forte,
Enlouquecendo gente...
Alterando humores,
Levantando vestidos,
Estraçalhando flores,
Assoviando nos meus ouvidos
E Levando embora meus amores...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quando entorno uma cachaça...




Quando entorno uma cachaça
Fico louco por fandango
Melhor se for lá na fronteira
Onde toca chamamé e tango

Lenço encarnado e bombacha
Nessa estampa de peão
Bem maneado numa china
Levantando poeira no galpão

E o gaiteiro bem pacholento
Vai dedilhando a botoneira
Fazendo gemer o instrumento
E de-lhe baile a noite inteira...

Por mais dura que seja
A lida de peão gaúcho
Sempre existe a recompensa
Em um fandango de luxo...

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Abstrata alegria




Alegria sem igual, sublime estado mental,
Fantasiosos momentos, alegorias de carnaval...
Loucura séria, lucidez esquizofrênica,
A saúde na sua forma mais patogênica,
O ego de um prego... Esmagado, a golpe de marreta,
Entendeu agora ou é careta?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Entardecer gaúcho


A foto tirei na cidade de Rio Grande em Jul/08.



Final de tarde,
Quando o sol ainda é brasa
Que lenta se apaga
Na sanga de águas rasas,
Brotam matizes,
Das mais variadas cores,
Tão linda pintura
Da pampa de meus amores.
Na hora do amargo,
Que cevo bem de mansinho,
Nos ouvidos o encanto
Da orquestra de passarinhos.
Entardecer na campanha,
Um verdadeiro retrato,
Que tentei descrever
Em versos neste relato...



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sábado, 11 de julho de 2009

Gelado...




Muito frio, eu diria gelado,
Como o inverno gaúcho,
Fica um coração dilacerado.
Uma tela abstrata,
Só ela retrata:
Com vermelho sangue e cinzas,
A dor de ser posto de lado.


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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ribombos




Os estampidos das balas,
Ecoando em tiroteios urbanos,
São ribombos anormais
Da guerra entre humanos...
Bestas-feras travestidas de pessoas,
Gladiadores medievais,
Traficantes, colarinho branco, assaltantes,
São algumas das hordas atuais...
Pobres de nós, simples mortais!


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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sax



O som melodioso do meu sax,
No ritmo do mais puro jazz,
Ecoa noite adentro em “Sib”
Repetindo o quão linda tu és...

Inspiradora da minha música,
Melhor razão do meu viver,
A alma da minha poesia,
Sempre foste tu meu bem querer!


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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sangue escorrendo...





Sangue por toda a parte,
Os jornais, televisivos, de rádio ou tradicionais,
Relatam dramas, mortes e corrupção,
Os comuns vivem na prisão,
Casas gradeadas, condomínios fechados,
Pagadores de impostos amedrontados,
Drogas, roubos, receptação,
Do mais baixo ao mais alto escalão.
Criminalidade que invade,
Nem o campo é mais tranqüilo, o que dizer das cidades?
Bairros nobres, vilas pobres,
Todos repletos de uma névoa podre que os encobre...
E ninguém faz nada, ninguém se revolta,
Nenhum grito de basta, nenhum ensaio de reviravolta,
Todos felizes, pagando dois quintos do que ganham
Para políticos que se assanham,
Que prometem, prometem, e a mão sempre metem...
Governam voltados aos seus próprios umbigos,
Ajeitando suas vidas, as de seus parentes e as de seus amigos.
Eu cansei, não sou parente nem amigo do rei...
Não voto mais em quem está ou esteve no poder,
Ninguém jamais se reelegerá com meu sufrágio
E tomara que este seja o presságio
De um novo mundo que ainda está por nascer.

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Verdades...





Se te sentires por baixo
Lembra-te que não és diferente de ninguém...
Se te achares feio
Lembra-te que a beleza é efêmera e finita...
Se te sentires só
Lembra-te de que tua melhor companhia és tu mesmo...
Se te achares cheio de defeitos
Lembra-te que eles são apenas contrastes às tuas qualidades...
Se te sentires infeliz
Lembra-te que tu és teu senhor...
Se te achares velho
Lembra-te das tuas experiências...
Se te sentires sem amor
Lembra-te, simplesmente, de amar...
Se te achares deprimido
Lembra-te de abrir bem teus olhos e levantar...
Nunca te esqueças que estás vivo e que viver é uma caminhada.
Caiu? Levanta-te... Encontraste um degrau? Galga-o...
Enfrentar é mais simples que fugir... Experimentas e viverás plenamente!

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Concurso literário Valdeck Almeida de Jesus ed. 2008




Pessoal, saiu o livro do concurso literário Valdeck Almeida de Jesus ed. 2008, do qual faço parte com o poema Dois=Um, que está publicado em uma postagem mais antiga aqui no blog. Na ocasião fui agraciado com a terceira colocação. Acima a foto da capa do livro e abaixo a notícia do lançamento.

O livro ficou pronto e será lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro de 2009, no estande da Giz Editorial.

"Oh! Bendito o que semeia Livros... livros à mão cheia... E manda o povo pensar! O livro caindo n'alma É germe - que faz a palma, É chuva - que faz o mar..." (Castro Alves)

O projeto "Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia" foi iniciado em 2005 pelo poeta e escritor Valdeck Almeida de Jesus. O sonho de publicar um livro de poesias foi acalentado desde os doze anos de idade, quando o poeta teve seu primeiro contato com os escritos de Augusto dos Anjos e a literatura de cordel. Ao todo já foram 470 novos poetas lançados no mercado editorial.

Ficha do Livro:
NÚMERO DE PÁGINAS: 262

ISBN: 85-785-5033-2

FONTE: Giz Editorial

Preço: R$ 40,00 (quarenta reais)

Sobre o organizador
VALDECK ALMEIDA DE JESUS nasceu em Jequié, Bahia, em 1966. Acadêmico de Jornalismo, trabalha, atualmente, como funcionário público, editor de livros e palestrante. Publicou os livros Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden, Feitiço contra o feiticeiro, Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia, 30 Anos de Poesia, Heartache Poems, dentre outros. Participa de mais de 30 antologias. É organizador e patrocinador do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, desde 2005.

Expõe seus textos no site www.galinhapulando.com

Contato com o autor: valdeck2007@gmail.com

Lista de autores do livro: CLIQUE AQUI.
Lista dos DEZ PRIMEIROS CLASSIFICADOS: Clique Aqui.

Valdeck Almeida de Jesus

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Nas entranhas da cidade





Numa noite qualquer, em um beco imundo,
Daqueles típicos onde se reúnem vagabundos,
Na área central de uma grande cidade,
Onde circulam anônimos de todas as idades,
Dois jovens maltrapilhos encostados no muro,
Com seus isqueiros rompem o escuro,
Acendendo o cachimbo para mais uma tragada...
Ah, dependência, ah, vida desgraçada!
Iguais aos dois existem centenas,
Encravos das drogas, adultos e crianças pequenas.
Mas a cidade segue viva, ativa, movimentada,
Esconde em suas entranhas as suas partes estragadas.
É assim, num mundo mundano,
Muito mais animal do que humano,
Que tenho que viver (ou sobreviver?)...



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O louco sou eu





Gente que não lê e não escreve elege gente que não trabalha e ganha,
Coisas de gente... gente inocente... inocente?
E o louco sou eu que imagina um futuro diferente....


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terça-feira, 23 de junho de 2009

Ligação telefônica - conto




Um filme americano passa na tv, daqueles com cassino, perseguições e muitas, muitas explosões de carros. Entre um tiroteio e uma derrapagem o telefone toca... "Poxa", quem será que não espera a hora do “plim plim” para telefonar? –Alô, é o Sr. Roberto? Pergunta uma sedosa voz feminina, daquelas dignas de locutora dos antigos programas românticos da era de ouro do rádio. Ora, ora, quem diria que a interrupção poderia ser melhor do que as espalhafatosas cenas de ação hollywoodianas... – Sim, pode me chamar de Beto, em que posso servi-la? Na impostação vocal um misto de sobriedade estilo Cid Moreira com a sonoridade de Roberto Carlos, o Rei. – Então, Sr. Roberto... – Beto, por favor “douuuçura”, chame-me de Beto! – Pois não, Beto, aqui quem está falando é a Fabiola... – Ah, sim, então Fabi, que ordens você tem para seu futuro escravo? – Ordens? É, dá para se dizer que, realmente, são ordens... Segue uma breve risada, tão sexy quanto maquiavélica, porém Roberto só percebe a primeira das características e imagina-se no céu, acertador da loteria acumulada, jogador de futebol com contrato recém assinado com o Milan, enfim... – Então “Fabizinha” ordene que eu cumpro, diga-me onde e quando encontrá-la que lhe servirei sem reclamar. – Isso não será necessário Beto... – Mas como? Será um prazer para mim... – Que bom que pensa assim Beto! Então, deixe-me explicar o que está ocorrendo. Como eu havia dito, meu nome é Fabíola, mas pode me chamar de Dra. Fabíola ao invés de Fabi ou Fabizinha, eu sou advogada da sua ex-mulher e estou ligando para informar que a pensão está atrasada, ou paga até amanhã ou é cana! - tu tu tu tu tu... E, na tv, os créditos finais...


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domingo, 21 de junho de 2009

O concreto também abstrato...






Abstrações mentais, pensamentos, fantasias,
Concretizados em palavras,
Cotidiano, dia a dia...


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terça-feira, 16 de junho de 2009

Morrer




A morte não me assusta,
O que temo é a ausência,
A separação dos amados
E a incerteza do reencontro...

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um transplante em andamento...








Neste momento encontro-me em frente ao computador,
Ouvindo uma música suave e escrevendo estas palavras,
Mais para tentar afastar a angústia destas horas, do que para qualquer outra coisa,
Eis que meu pai está no bloco cirúrgico do Hospital Santa Casa,
Sendo submetido a um transplante de pulmão...
Sei que minha angústia momentânea pode ser nada se comparada a outras histórias de vida.
Sei que ela é menos ainda, se comparada a angústia do meu pai que estava, havia seis meses, na fila de espera dos transplantes enquanto assistia sua própria saúde se esvair.
Sei, também, que ela deve ser infinitamente inferior a dos familiares do bendito doador de órgãos, verdadeiro herói, que perdeu a vida, mas salvou muitas outras...
Ainda não tenho notícias do resultado da cirurgia, só me resta a espera...
Enquanto espero agradeço... agradeço ao doador, salvador, redentor...
Que transformou sua morte em vidas,
Grande gesto, digno de alguém que realmente foi e merece ser chamado de homem.

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