sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Velório de campanha





Para alguns uma cena estranha,
Algo um tanto inusitado,
Um velório de campanha,
E, é claro com um morto ali, sendo velado...

Para os viventes servem canha,
Um churrasco vai sendo assado,
Sem pressa, bem na manha,
A gauchada vai beliscando em memória do finado...

O gaiteiro vai dedilhando a botoneira,
Numa melodia bem chorada,
Uns no canto vão falando besteira,
Enchendo a cara e dando risada...

As beatas agarradas no caixão
Vão pedindo graças e aleluia
Outros numa roda de chimarrão
Contando causos e passando a cuia...

O padre deixou escapar um surdinho
Enquanto cochilava sentado,
Uns culparam o vizinho,
Outros acharam que o defunto já estava estragado...

E então, já altas horas da madrugada
A mulher inconsolável ainda chorava,
Um gambá de bombacha rasgada
Se aprochega e pede a palavra:

- Finado Dionísio, nosso grande amigo “Didi”,
Vai pro céu bem tranqüilo...
Que da viúva eu cuido pra ti!

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Andarilho





Um andarilho, um solitário das estradas,
Aventureiro, vagabundo ou desregrado?
Dono do mundo sem possuir nada,
Vai cortando a passo as paisagens,
Provando que o futuro é uma linha a ser traçada,
Não segue convenções, vive de divagações,
Um louco (?) de alma lavada,
Uma locomotiva sem vagões,
Um amante das madrugadas...
Marcas do sol e do tempo,
Estampas na pele judiada,
De quem vive somente o presente
E se importa tão só com a jornada...
Um sorriso sem dentes, um sorriso contente,
Um sorriso de gente que vai andando lentamente,
Sem pressa de chegar...

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Assim nasceram as maçanilhas





Num recôndito, bem próximo do infinito,
Logo depois da penúltima coxilha,
Um cuéra tombou lá, solito,
E sobre seu corpo brotou a primeira maçanilha...

E a maçanilha floresceu soltando seu aroma no vento,
Logo uma abelha mirim pousou
E, Como se fosse um mandado a servir de alento,
Espalhou o pólen pela pampa quando voou...

E desde então as maçanilhas florescem
Após as chuvas de verão,
Como se fossem as memórias do gaúcho
Ainda vivas, rebrotando do chão...


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sábado, 21 de novembro de 2009

Construtor de destinos




As pedras no caminho
Representam dificuldades,
Quem está sozinho
Sofre com as saudades...

É preciso o enfrentamento:
Das pedras faça o alicerce,
A solidão tape com cimento,
Seja o construtor de seu destino...


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terça-feira, 17 de novembro de 2009

A arte de rimar palavras




Palavras rimadas,
Cores do pecado,
Como flores desabrochadas,
Buscando um significado,
Frases combinadas,
Mandando um recado
Ou simplesmente dizendo nada...

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Meus votos de fim de ano

(lajeado em Siveira Martins-RS)

Muito mais emoção,
Bem menos ressentimentos,
Nada de solidão,
Tudo em contentamento...

Muito mais coração,
Bem menos sofrimentos,
Nada de destruição,
Tudo em merecimento...

Muito mais educação,
Bem menos desentendimentos,
Nada de desilusão,
Tudo em sentimento...

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que será?

(em Valdebuia)


Às vezes passo horas em estado contemplativo,
Admirando, apenas. O vento balançando as folhas,
Um inseto, uma ave que voa, um sorriso de qualquer pessoa,
Não sei até que ponto isso é sério, se é um mistério
Ou se, simplesmente, estou ficando velho...

Me interessam as flores, seus odores, meus amores!
Admiro a natureza com tanta clareza que chega a ser certeza,
Tenho fé na mocidade, na honestidade e na simplicidade,
Não uso as vestes da vaidade!
É assim que me sinto, será isso a felicidade?


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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um oceano em você



O verde dos teus olhos
Esmeraldas cristalinas,
Translúcidas, cor do mar
Refletida nas retinas...

Mirando fundo
Chego a me perder,
Nessas paisagens,
Nesse oceano que há dentro de você...


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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Louco

(Rio Grande-RS)


Nos olhos um brilho peculiar,
Mirando para o infinito ou para qualquer outro lugar,
Na boca falante um sorriso distante,
Sempre presente ou ausente, quem sabe?
Uma inocência nunca notada,
Invisível em suas vestes desbotadas,
Nas praças, nos bancos, em calçadas...
Alegria incompreendida, simpatia encarando a vida,
Um milagre talvez? – Apenas um louco,
Um maluco e sua insensatez...

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Circo Brasil




Uma paródia de País
Com eleitores caricatos
Onde políticos astutos,
Fazem o que querem dos palhaços...

Este é o circo Brasil,
O palhaço sou eu,
Os palhaços são mil...
E aqui no circo Brasil
Os artistas pagam para trabalhar,
Para uma platéia de safos eleitos poder gargalhar...

E nunca se riu tanto...


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domingo, 1 de novembro de 2009

Finados

(Jaguari-RS)


Falecidos, passados,
Esquecidos, finados,
Poeira do tempo que o vento levou,
Sentimentos, alentos,
Uma vida, uma história,
Chama de um fogo que já se apagou,
O final de um início,
Um tombo, um tropeço,
Ou quem sabe até um novo começo,
Um feriado cristão,
Uma vida em vão,
Momentos que vem e por certo se vão,
Uma simples lembrança,
Um fio de esperança,
Na crença de quem ainda está aqui,
E assim vivemos,
Lembramos, sofremos,
Até nosso momento de também partir...

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