terça-feira, 24 de dezembro de 2013

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Questão de prioridades

Ultimamente não ando muito inspirado para compor versos, então resolvi escrever algo sobre o motivo da minha falta de inspiração... Eis:

Governos vêm, governos se vão, e todos, invariavelmente, prometem segurança, educação e saúde, as três necessidades básicas de uma sociedade organizada que só são prioridades em palanques. Passados os pleitos, nada fica diferente do que está, a não ser para pior, afinal, eleitor tem memória curta ou vende voto. No Rio Grande do Sul não é diferente, no Estado que se orgulha de ser o mais politizado do País, se ve nada de melhor e muito de pior, se comparado até com Estados do nordeste, historicamente deficientes em receita. Um dos cargos mais importantes, se não o mais, na segurança pública é o de Delegado de Polícia, pois é ele o chefe e coordenador das investigações criminais e que, portanto, atua na repressão dos crimes não evitados pelo policiamento preventivo. É ele quem preside os conhecidos inquéritos policiais e determina quais diligências devem ser tomadas na busca da verdade e esclarecimento dos fatos criminais. Pois o Estado do Rio Grande do Sul ocupa a décima nona posição do País na contraprestação renumeratória paga pelos serviços destes profissionais. Houve um tempo em que detinham reconhecimento semelhante ao de Juízes, Promotores, Defensores Públicos e Procuradores do Estado. Hoje, governo após governo, recebem algo próximo de 1/3 dos dois primeiros e menos da metade dos demais citados. Isso deve ocorrer, certamente, porque não importa para a população que os crimes sejam desvendados, que seus objetos sejam recuperados ou, até mesmo, que o matador de seu familiar seja levado a julgamento. Isso não importa! Delegados de Polícia recebem salários inferiores até de carreiras secundárias (auxiliares) dos outros órgãos já citados, não desmerecendo qualquer das carreiras, auxiliares ou não, afinal não são seus integrantes que ganham demais, são os Delegados que tem remuneração vexatória, e é tão vexatória que, dos dois últimos concursos, perto de duas dezenas de aprovados sequer assumiram ou logo abandonaram a função em busca de carreiras mais justas no reconhecimento de suas responsabilidades, algumas secundárias, mas justas. Até quando o RS negligenciará seus profissionais?



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Finados - texto do segundo lugar no prêmio literário Valdeck Almeida de Jesus - 2010



Falecidos, passados,
Esquecidos, finados,
Poeira do tempo que o vento levou,
Sentimentos, alentos,
Uma vida, uma história,
A chama de um fogo que já se apagou,
O final de um início,
Um tombo, um tropeço,
Ou, quem sabe, até um novo começo,
Um feriado cristão,
Uma vida em vão,
Momentos que vem e, por certo, se vão,
Uma simples lembrança,
Um fio de esperança
Na crença de quem ainda está aqui,
E assim vivemos,
Lembramos, sofremos,
Até nosso momento de também partir...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Agora em segundo lugar no prêmio 2010!

Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus 2010 anuncia vencedores

O Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia 2010 anuncia os vencedores do concurso:

Lista por Poema – Autor – Cidade

1º: Pálidos Mistérios – Grigório Rocha (Salvador-BA)

2°: Finados – André Sesti Diefenbach (Porto Alegre-RS)

3°: Ambiguidade – Dina P. Pereira da Costa (Aveiro, Portugal)

4°: Partes deste Amor – Antonio Almeida (Rio de Janeiro-RJ)

5°: Enigma – Renata Paccola (São Paulo-SP)

6°: Café – Ari Lins Pedrosa (Maceió-AL)

7°: Lama – Renata Rimet (Salvador-BA)

8°: Viagem – Yao Jingming (Macau, China)

9°: Barganha – Tatiana Alves (Rio de Janeiro-RJ)

10°: Poema Xipófago – Gêmeo – Hélio José Destro (São Paulo-SP)

sábado, 15 de janeiro de 2011

O Guapo



No galpão do tempo

Se perderam histórias,

Na colônia de Sacramento

Dias de guerra e de glórias,

Hoje, no braseiro do fogo de chão,

Espíritos ancestrais se avivam,

Enquanto o guapo ceva seu chimarrão,

Através de seu semblante se comunicam,

Uma comunhão entre passado e presente

Combatentes do pago de outrora

Unidos na mesma mente,

Gaudério de ontem, gaúcho de agora,

No mesmo local, a mesma matéria,

O fogo, a terra, a água e o ar,

No campeiro de face séria,

Os quatro elementos e o tempo,

Perdidos no mesmo lugar!

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011!


Feliz 2011 (André S. Diefenbach)


Tudo novo, de novo!

É a virada de ano,

Renovadas esperanças de norte a sul,

É certo, pois, que 2011 será um ano azul!

Um azul celestial,

Muito mais que do que místico, imortal...

Ano de uma avalanche,

Sedenta força de desmanche,

Como igual nunca se viu,

Que sacudirá a América,

Rachando beiras e secando o rio...

Já quase no final um mosqueteiro sorri,

Um sorriso largo de quem cumpriu o dever,

De quem jamais dá o braço a torcer,

De quem primeiro plantou e só depois foi colher...

E assim, em 2011, o planeta terra

Mostrará com toda a força sua cor,

Azul do céu, azul celestial,

Azul do mar, azul imortal...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Idos

Fogões à lenha,

Colchões de crina,

Travesseiros de pena,

Luz de lamparinas...

Vidas passadas,

Retratos envelhecidos,

Poeira incrustada,

De bons tempos idos...

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Meu Gênio





Meu gênio é alguém dissociado de mim,
Parece outra pessoa, mas sou eu, enfim!
Embora eu não seja belicoso,
Meu gênio é, por certo, genioso
Não sou do mal, embora ele (o gênio) tenha algo de animal,
Às vezes estou quase inerte, mas não o gênio, alerta ao menor flerte,
E tu, já viste coisa igual? Um gênio genioso, genial!

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