quarta-feira, 7 de abril de 2010

Destino Gaúcho




No meio do peito um leguero bate,
Em uma cadência prá lá de aporreada,
E lá do galpão um cusco já late,
O gaudério, solito, reponta a boiada,

O gado tá gordo, é hora do abate,
A carreta já veio e tá encostada
O caminhoneiro nem fica pro mate,
Já sai de vereda, pega o rumo da estrada...

E já se foi o frete de boi
E já se foi o frete de boi...

O campeiro atiça o fogo de chão,
O serviço do dia já foi terminado,
Água na cambona pra um chimarrão
Enquanto descansa o crioulo tostado,

É lida, é vida, é gaúcho, é peão,
De espora, bombacha e chapéu tapeado,
Quem traz a pampa em seu coração,
Assim como o boi tem o destino traçado...

E nunca mais olha prá trás
E nunca mais olha prá trás...

Um comentário:

  1. Olha,
    suas poesias são excelentes, tem um certo ritmo e até pode ser cantada.
    Muito boa, e típica da terra gaúcha.

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