segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O CORRUPTÔMETRO




André Sesti Diefenbach


Lamento, profundamente, não ser um bom conhecedor de química, física e biomédica pois, se o fosse, dirigiria minhas pesquisas para um invento dos mais úteis à população brasileira: – o CORRUPTÔMETRO! Teria os moldes do bafômetro, para que os candidatos, antes das eleições, fossem obrigados a soprar no canudinho, que apitaria a existência de falcatruas em suas vidas pregressas e indicaria as fraquezas de caráter dos pré-candidatos, que não teriam sua inscrição homologada pelo TSE. Também inventaria uma variante, nos moldes dos radares eletrônicos, para serem instalados nos corredores de Brasília e que sinalizariam qualquer “avanço” indevido no dinheiro público e aplicariam uma multa com o dobro do valor da “velocidade” marcada e ainda cassariam instantaneamente a carteira para “dirigir” gabinetes palacianos, transferindo o autuado para um novo e bem arejado cubículo, com direito a uma hora de banho de sol diário e escolta ininterrupta por uns dez anos, pelo menos. Mas, como sou incapaz de fazer isso tudo espero, sinceramente, que algum dia a maioria dos votantes deste país passe a ler jornal, ao invés de utilizá-lo somente para fins higiênicos.

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