quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um conto de terror... ou horror... para variar um pouco




A esquartejadora


Maria, mulher comum, mãe de cinco filhos, grávida do sexto, deixou seu lar simples, um rancho típico de interior, com margaridas plantadas à frente, uma horta ao lado e algumas galinhas que ciscavam no terreno, para ir até o hospital da cidade, pois sentia que estava chegando a hora de dar a luz. Roberval, o marido, teve que ficar no rancho cuidando da prole e dos afazeres rurais na pequena lavoura de fumo que era o sustento da família, já estava na época de colher o tabaco e secar na estufa. Maria, após algumas horas de espera, foi atendida e internada e, na mesma tarde ganhou uma menina, bela e saudável. No dia seguinte, como estava internada em um quarto público de um hospital público, resolveu passear com a filha no corredor da casa de saúde, eis que as outras mães estavam com visitas e ela estava sozinha. Enquanto andava lentamente, só pensava na alta hospitalar e na chegada de Roberval, nem percebendo que estava sendo observada. Em seguida, uma mulher simpática se aproxima e puxa conversa, apresentando-se como enfermeira e colocando-se à disposição. Cleusa era seu nome, uma morena alta, de fala suave e gestos gentis que não esconde o encantamento pela criança de Maria. Conta que tem dois meninos e sempre sonhou em ter uma menina, porém, como havia ligado as trompas, não poderia realizar tal sonho. Maria sente-se feliz naquele instante, pois tem alguém com quem conversar e não se sente tão só. No dia seguinte, pela parte da manhã Maria recebe a alta, recolhe seus poucos pertences, e sai do hospital, sentando-se em um banco em frente ao mesmo a espera de Roberval. Como Roberval não sabia que Maria já tinha ganho seu bebe e não possuía telefone em casa, planejava ir à cidade no dia seguinte, pois estava envolvido com o trabalho e com os filhos. Enquanto isso, Maria aguardava pacientemente até que, por volta das 11h30min, Cleusa a vê e se aproxima... Maria inocentemente diz que está esperando o esposo, que mora no interior. A nova amiga então, com cara de compadecida, diz que mora próximo do hospital e pergunta se Maria não deseja ir até sua casa. Percebendo a hesitação completa dizendo: - Não se preocupe eu aviso a enfermeira chefe e ela informará seu marido que você está em minha casa. Maria então concordou, afinal, não sabia quanto tempo teria que esperar por Roberval. Cleusa foi até a recepção do hospital, sendo observada de longe por Maria e, quando retornou disse: - Tudo resolvido, a recepcionista vai informar seu marido que você está em minha casa. Ambas, então, tomaram o ônibus e desembarcaram umas cinco paradas adiante, andaram de dois a três quarteirões e chegaram a uma casa mista, de dois quartos, em um bairro operário. Cleusa disse que Maria ficasse à vontade, ligou a televisão e preparou um almoço. Na metade da tarde, Maria um pouco cansada pediu para descansar, deitando-se no sofá e cochilando por alguns instantes. Acordou quando percebeu que alguém chegava na casa, logo imaginou que seria Roberval... Carlinhos querido, disse Cleusa, temos visita e apresentou Maria a um rapaz bem mais jovem e de estatura atlética, porém com um jeito um tanto inibido. Logo em seguida Cleusa e Carlinhos pediram licença e entraram em um dos quartos da casa, onde permaneceram por pouco mais de meia hora. Em seguida Cleusa saiu, trazendo um termômetro e dizendo que verificaria a temperatura de Maria, afinal era enfermeira, e Maria recém havia saído do hospital. Enquanto Maria amamentava sua recém nascida Cleusa colocou-lhe o termômetro, examinando-o à seguir... Maria, você está com um pouco de febre, disse ela, vou te aplicar um analgésico injetável. Cleusa preparou uma super dose do medicamento conhecido como plasil, que deixou Maria sonolenta. Maria, recostou-se novamente no sofá e pouco depois percebeu que Carlinhos e Cleusa lhe carregavam, achou que estava sendo levada para uma cama onde dormiria... Mas Carlinhos e Cleusa tinham outra coisa em mente e levaram Maria a um galpão que existia nos fundos da casa. Dentro deste galpão havia um poço com pouca água. Abriram uma tampa de madeira e jogaram Maria lá dentro... Na escuridão, com água até quase o pescoço e semi-consciente Maria tentou gritar, mas não teve forças... Mesmo que conseguisse seu apelo não seria ouvido, pois o poço fora tampado. Maria afogou-se algumas horas depois... Cleusa já sentia-se mãe da recém nascida e imaginou que não seria descoberta. No dia seguinte Roberval foi ao hospital procurar a esposa só lhe informaram que ela havia dado alta no dia anterior, desesperado ele procura a polícia narrando o acontecido. Passam-se dois dias e nenhuma pista de Maria e sua filha. Nesse meio tempo, Cleusa percebe que, do poço onde ela e Carlinhos jogaram Maria, começa a se espalhar um odor de putrefação que poderia denunciá-los. Cleusa então diz a Carlinhos que precisam se livrar do corpo, içam o cadáver da pobre Maria utilizando-se de um gancho metálico em forma de anzol, atado em um cabo de aço e levam o corpo para um banheiro anexo ao galpão. No banheiro, Carlinhos liga o chuveiro e sadicamente começa a cortar a pobre vítima em pedaços, primeiro as mãos, antebraços, cabeça, tórax, vísceras, coxas... enfim, reduz o corpo em vários pedaços e os coloca em diversas sacolas de supermercado, que são levadas e espalhadas ao longo de barrancos numa rodovia. Por mais dois dias Carlinhos e Cleusa ficaram com a recém nascida, como se brincassem de papai e mamãe, até serem descobertos pelos policiais incansáveis que, seguindo pistas esparsas, foram montando o quebra cabeças. Os motivos? Cleusa era, realmente, a maldade encarnada em pele de cordeiro, sentia prazer em dominar pessoas, um prazer tão intenso quanto um orgasmo múltiplo... E Carlinhos? Carlinhos obedecia friamente às ordens de sua amada e tinha a habilidade de um experiente açougueiro com uma faca... Ambos foram presos, mas dizem que Cleusa sorri, sinistramente, quando alguma nova companheira de cela lhe pergunta porque está ali e responde com outra pergunta: - Você, por acaso, tem uma filha?



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