sábado, 31 de outubro de 2009

Vou morar nas grotas



Vou construir o meu rancho (refrão)
Onde o diabo perdeu as botas,
Donde faz ninho o carancho,
Bem lá no fundão das grotas...

A minha grossura não permite
Conviver na sociedade,
Pois eu não posso agüentar
Esses modos da cidade...

O trânsito é uma esculhambação
Na sinaleira tem pivete,
Tem motorista borrachão
E motoqueiro que se mete...

As moradas são uns cercados
É o medo de ladrão
Parecem gado confinado
Esperando o caminhão...

Os vizinhos são estranhos,
Nem bom dia nem boa tarde,
Parecem de outro rebanho,
Vou-me embora sem alarde...

Não posso estar satisfeito,
Esse mundo ta virado
Até o diabo do respeito
Também foi posto de lado...

Vou-me agora pras bibocas
Ligeiro como um raio
Levo só minha chinoca
E de lá nunca mais saio...


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